quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mudanças de Variáveis para Integrais Duplas

Em alguns casos, as integrais duplas são difíceis de calcular ou mesmo, dependendo da ordem de integração, recai em uma soma de integrais duplas, das quais são muito trabalhosas.
Segue então a teoria e alguns exemplos de mudanças de variáveis, tanto a mudança RETANGULAR quanto a mudança POLAR.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Integrais Duplas

As integrais simples são utilizadas no Calculo Diferencial e em outras disciplinas para diversos fatores, tanto para Calculo de Área, fenômenos físicos, químicos, entre outros. As integrais duplas utilizam a notação de duas integrais sequenciais em diferentes ordens de integração para calculo de fenômenos em 3-D, das quais mais aplicadas para calculo de volume.
As integrais duplas podem ser calculadas por aproximação (Séries, Soma de Riemann, Calculo por métodos numéricos como o da Fórmula de Simpson (1/3) entre outros ), entretanto o resultado de uma integral dupla referencia a um produto, pois a integral é analogamente um produto.
Para o calculo de volume, é necessário que os limites de integração estejam definidos de forma a limitar o calculo de determinada área em uma base qualquer (xy ou yz ou xz), seja os limites numéricos ou seja por funções.
Existem dois modelos de integrais duplas, que são:
ou
Segue exemplo de calculo de uma integral dupla para calculo de volume:
Calcule o volume do paralelepípedo formado pelos lados 5,2,3 dado que o retangulo 3x2 está no plano xy.
Redesenhando o retângulo no plano xy é possível observar a seguinte imagem:
Os limites da integral são fáceis de se observar pois sempre parte do valor mais negativo para o valor mais positivo, logo em x parte da esquerda para a direita e no y parte de baixo para cima, portanto os limites expostos ficam:


Soma de integrais duplas

Entretanto, existem casos que o domínio da integral dupla possui dois ou múltiplos limites de integração, logo a mesma necessita da soma de múltiplas integrais duplas.
Exemplo: Calcule a integral dupla para o calculo de volume do domínio a seguir em relação ao plano z=5x.
DOMÍNIO: x=(3-y)^1/2 (parábola, pois -x^2 + 3= y); y=2x(reta); x+y+3=0 (reta)

Com o domínio visto, temos que no primeiro momento, os limites de integração em dydx vai da reta x+y+3=0 até a reta y=2x; entretanto do ponto (1,2) observa-se que os limites de integração não vão mais de RETA A RETA e sim de RETA A PARÁBOLA caracterizando uma mudança do limites de integração, portanto uma soma de integrais duplas.

domingo, 21 de junho de 2009

Estudo de Cônicas - Hipérbole

Hipérbole - A hipérbole, igual a Elipse, possui formato das fórmulas semelhante, entretanto o formato e o desenho da hipérbole é totalmente diferente. O desenho abaixo demonstra a hipérbole no sistema de eixos cartesianos.


Sendo:
2c - Distância focal
2a - Eixo maior
2b - Eixo menor
y - y0 = +- b/a (x - x0) (Assíntotas da hipérbole)

Como explicado na elipse, a hipérbole também possui uma fórmula própria e vale

X² / a² - y² / b² = 1 (equação reduzida)
c² = a² + b²

No caso da hipérbole, não existe excentricidade entretanto como demonstrado existe um fator determinado assíntotas que são as retas que cruzam internamente a hipérbole e que são equações de reta determinadas pela função de geometria analítica ( y - y0 = m (x - x0) ) e como m vale b/a basta substituir na equação.

Existe também o caso em que b é maior que a, logo a hipérbole está na vertical mas a fórmula não modifica somente muda o aspecto gráfico da mesma.

Como na elipse, existe o fator de Rotação e Translação, mas para efeito de estudo iremos analisar apenas a translação do centro da hipérbole.

Exemplo: Dada a equação 4x² - 16y² - 8y -33 = 0, determine foco, assíntotas, centro da hipérbole, equação reduzida, eixo maior e menor da hipérbole

Como os quadrados de x e y estão sendo subtraídos (4x² - 16y²) podemos afirmar que a cônica é uma hipérbole, agora basta saber o deslocamento dessa hipérbole.

Como o deslocamento é uma soma ao termo x ou y, podemos afirmar que
x = h + a (A incógnita a vale o deslocamento horizontal)
y = v + b (A incógnita b vale o deslocamento vertical)

Substituindo na equação, temos:

4 (h + a)² - 16 (v + b)² - 8(v + b) - 33 = 0
4h² + 8ha + 4a² - 16v² - 32vb - 16b² - 8v - 8b - 33 = 0 .: O objetivo é fazer voltar a hipérbole para a origem, portanto temos que igualar h e v a zero para assim descobrir o deslocamento de a e b na horizontal e vertical respectivamente.

4h² + 4a² - 16v² - 16b² + h (8a) + v(-32b - 8) - 8b - 33 = 0

8a = 0 .: a = 0
-32b - 8 = 0 .: b = -1/4

Voltando a fórmula aplicando os valores de a e b temos:

4h² - 16v² + 4(0)² - 16 (-1/4)² + v(0) + h(0) - 8 (-1/4) -33 = 0
4h² -16v² - 1 + 2 - 33 = 0
4h² - 16v² = 32 (dividindo tudo por 32)
h² / 8 - v² / 2 = 1
Temos que x = h + a logo h = x - a e y = v + b logo v = y - b
x² / 8 - (y+1/4)² / 2 = 1 (Equação reduzida)

Pela equação temos que a² = +-8 .: a = +-2√2 e b² = 2 portanto b = √2
Como c² = a² + b² .: c = +-√10

Assíntotas da hipérbole:

y - y0 = +- √2 / 2√2 (x - x0)
logo y + 1/4 = +- √2 / 2√2

O centro da hipérbole vale (0, -1/4)

O esboço do gráfico está abaixo.




Feito por Andrey J.
Qualquer dúvida pergunte abaixo

Estudo de Cônicas - Elipse

Elipse - O estudo de cônicas continua com mais um capítulo, a Elipse. Pouco cobrada no vestibular, mas que oferece certo nível de dificuldade, a elipse é uma cônica que possui certos parâmetros a serem observados, como a excentricidade, eixos e algumas imposições, como o deslocamento do centro da elipse.



Sendo:
2a - Eixo maior
2b - Eixo menor
2c - Distância entre os focos PF1 e PF2
Colocando um ponto qualquer da elipse, a distância entre os focos e o ponto determinado vale 2a

No entanto, existe uma fórmula apropriada que define uma elipse, que vale:

X² / a² + Y² / b² = 1 (Equação reduzida da elipse)
Sendo que.: a² = b² + c²
Sendo que x = x - xcentro e y = y - Ycentro

A excentricidade de uma elipse é determinada pela razão entre c e a, logo e = c / a.
Caso a excentricidade seja igual a 1 ou nula, a mesma não é uma elipse, mas sim uma Circunferência (Caso análogo quando b=a).

No caso da figura demonstrada, a é sempre maior que b, portanto a elipse está, de forma mais informal, "deitada". Existem caso em que na elipse, b é maior que a, logo a elipse está "em pé", entretanto a fórmula continua a mesma, o que realmente muda está em relação ao eixo maior que passa a ser 2b não mais 2a.

Com relação a elipse, o centro da mesma pode situar-se fora do ponto 0,0 do encontro dos eixos cartesianos ou mesmo a elipse pode sofrer uma modificação no angulo em que está imposta na superfície, denominada Rotação. Em fato, o mais interessante e utilizado está na modificação do centro da elipse, denominada de Translação.

Exemplo : Determine os pontos do centro da elipse e a sua equação reduzida dada
9x² + 5y² + 18x - 30y + 9 = 0

Considerando que o sinal de + que soma os termos quadráticos, podemos afirmar que a mesma é uma elipse e não uma circunferência pois os fatores que multiplicam x² e y² (9 e 5 respectivamente) são diferentes.

Como o deslocamento é uma soma ao termo x ou y, podemos afirmar que
x = h + a (A incógnita a vale o deslocamento horizontal)
y = v + b (A incógnita b vale o deslocamento vertical)

substituindo na equação, temos

9 (h + a)² + 5 (v + b)² + 18 (h +a) - 30(v + b) + 9 = 0 .: Realizando a distributiva temos
9h² + 18ha + 9a² + 5v² + 10vb + 5b² + 18h + 18a - 30v - 30b + 9 = 0.: O objetivo é fazer voltar a elipse para a origem, portanto temos que igualar h e v a zero para assim descobrir o deslocamento de a e b na horizontal e vertical respectivamente.

Portanto, separando termos iguais temos

9h² + 9a² + 5v² + 5b² + h(18a + 18) + v (10b - 30) - 30b + 18a + 9 = 0

Como h e v tem que voltar a origem zero temos:
18a + 18 = 0 .: a = -1
10b - 30 = 0 .: b = 3

Substituindo os valores na equação de a = -1 e b = 3

9h² + 9 (-1)² + 5v² + (3)² + h (0) + v(0) - 30(3) + 18(-1) + 9 = 0
9h² + 5v² + 9 + 9 -90 -18 + 9 = 0
9h² + 5v² = 81 (dividindo tudo por 81)
h²/9 + 5v²/81 = 1

Temos que x = h + a logo h = x - a e y = v + b logo v = y - b

(x + 1)² / 9 + (y-3)² / (81/5) = 1.: o centro da elipse vale (-1, 3)

Feito por Andrey J.
Qualquer dúvida pergunte abaixo

sábado, 20 de junho de 2009

Estudo de cônicas - Circunferências

Cônicas - As circunferências fazem parte do estudo de cônicas e ainda é uma matéria muito cobrada nos vestibulares, principalmente a partir do novo formato da fuvest que começou no ano de 2008 e, sem dúvida com a modificação do ENEM como instrumento de peso para aprovação nas melhores faculdades do país, será uma matéria importante a ser analisada.

Bem, ao iniciar o estudo de circunferências, devemos observar os pontos principais da circunferência, que são o Centro (Xa, Ya) e o raio que determina o "tamanho" da circunferência. Com esses dados, chegamos que a equação geral da circunferência vale:

(x - Xa)² + (y - Ya)² = R² (Equação simplificada da circunferência)
x² + y² - 2Xax - 2Yay- Xa² + Ya² - R² = 0 (Equação geral da circunferência)

A equação reduzida da circunferência funciona apenas como uma forma mais "contraída" de entendimento da equação, entretanto a forma mais correta de aparecer está na forma geral pois existem muitos casos em que a circunferência não se encontra no encontro dos eixos P(0,0).

Exemplo: A circunferência está no ponto (3,2) e o raio vale 5, logo demonstre na equação geral e na equação reduzida.

Logo, (x-3)² + (y-2)² = 25; e para realizarmos a demonstração da equação geral basta realizar a distributiva:

x² - 6x + 9 + y² -4y + 4 - 25 = 0 .: x² + y² - 6x -4y -12 = 0

Entretanto, existem casos que é necessário retornar da equação geral para a equação simplificada mas não são dados nenhuma informação sobre a equação. Existem duas formas de resolução desse tipo de exercício

Exemplo: Dado x² + y² - 2x - 3y - 3/2 = 0, ache o centro e o raio

1ª Separar fatores de mesmo termo

X² - 2x + Y² - 3y - 3/2 = 0 .:
Para relembrar, vimos que a equação geral vale
(x - Xa)² + (y - Ya)² = R²
logo, (x - Xa) * (x - Xa) + (y - Ya) * (y - Ya) = R²

Basta observar que os valores separados são exatamente as respostas

2ª Igualar os fatores a equação simplificada
X² - 2x = (x - ....) + (x - ....); logo os espaços vazios podem ser preechidos com Xa = 1 pois
X² - 2x +1 = (X-1)²
Y² - 3y = (y - ...) + (y - ....); nesse caso ficou um pouco mais dificil, mas o valor encontrado é Ya = 3/2 pois Y² - 3y + 9/4 = (y-3/2)²

3ª Voltar a equação com os novos valores que não contêm na fórmula geral, que são os valores +1 e +3/2

(x - 1) ² + (y- 3/2) + (1 + 9/4 -3/2) = 0 .: (x - 1) ² + (y - 3/2)² = 19/4

Logo R² = 19/4 .: R = Raiz de 19 /2.

Para os mesmos resultados existem uma segunda forma, na qual:

X² + y² - 2Xax - 2Yay - Xa² + Ya² - R² = 0

Com a equação de base do exercício:

x² + y² - 2x - 3y - 3/2 = 0

O valor que multiplica x e y são os valores 2Xa e 2Ya (lembrando que Xa e Ya são x e y do centro)

Portanto:. Xa = 2/2 = 1; Ya = 3/2

O raio pode ser deduzido a partir da equação principal e a função vale Xa² + Ya² - R² = 3/2

1² + 3/2 ² -R² = 3/2

Resolvendo a equação, temos que R² = 19/4

Não são circunferências quando:
* Se existir termo diferente da equação geral como (xy);
*Se os valores que multiplicam x² e y² forem diferentes. :Exemplo (3x² - y²);
*Se o raio for menor que zero, ou seja, na equação simplificada a igualdade for negativa (exemplo : x² - (y-2)² = -15;

Exercício: Determine se existe pontos de intersecção das circunferências abaixo e a equação da reta que une os pontos de intersecção (Se existir)

Y1 : X² + Y² - 2x - 10y + 22 = 0
Y2 : X² + Y² - 8x -4y + 10 = 0

Como são pontos de intersecção, existe coincidência entre as equações, logo basta realizar um sistema entre as equações ou simplesmente igualar

X² + Y² - 2x - 10y + 22 = X² + Y² - 8x -4y + 10 .: resolvendo
6x - 6y + 12 = 0 .: Divindo tudo por 6 temos x - y + 2 = 0 logo y = x + 2(equação da reta).

Agora basta substituir em qualquer uma das equações

Escolhendo a primeira temos
X² + (x + 2)² - 2x -10(x+2) + 22 = 0
temos que X´=3 e X´´ = 1
Para cada X existe um Y respectivo, basta substituir em y = x + 2.
Logo, Y´ = 5 e Y´´ = 3; portanto os pontos vale (3,5) e (1,3).

Caso ainda haja duvidas o espaço de perguntas encontra-se abaixo

Andrey J.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Como fazer qualquer gráfico utilizando conceito de derivada?

Gráficos - Talvez uma grande dificuldade que existe para muitos é confeccionar gráficos pois nem sempre é possivel obter pontos dos eixos. Por isso, o conceito de derivada possibilita fazer gráficos de qualquer expoente ou mesmo com logarítmico, exponencial ou potência de potência.

Vejamos a seguinte equação:

f(x) = -X³ + 3x + 2; como é uma equação do terceiro grau, podemos afirmar que a forma de onda tende a ser uma parábola

Ao aplicar a primeira derivada, a resposta será um estudo do sinal, ou seja, a partir dela será possivel observar os pontos de máximo e mínimo.

d/dx -3x² + 3 1ª derivada

Igualando ela a zero, teremos os pontos em que y=0. Analisando a função, observamos que é uma função do segundo grau de concavidade para baixo, portanto:

Logo, -3x² + 3 = 0 temos que x = + ou - 1


Com o esboço do desenho acima, observa que para x<-1 e x>1 o gráfico é estritamente decrescente e para x entre -1 e 1 é estritamente crescente

Para localizar o ponto, deve substituir os valores de x na equação principal, ou seja, na equação que necessita advinhar o gráfico.:

.: 2 + 3(-1) - (-1)³ = 0, portanto o ponto (-1,0) é minimo da função
.: 2 + 3(1) - (1)³ = 4, portanto o ponto (1,4) é ponto de máximo

Tendo os pontos de máximo e mínimo, devemos encontrar na função os locais de mudança de concavidade e o ponto de inflexão, ou seja, o ponto que determina a mudança de concavidade. A concavidade interfere no aspecto do desenho do gráfico.A segunda derivada da função remete a essa resposta

d/dx² -6x 2ªderivada

Igualando a segunda derivada a zero, encontramos o x de inflexão, portanto:

-6x = 0 .: x = 0



Analisando a função -6x, observamos que a mesma é uma reta decrescente, portanto para x maior que 0 a mesma é negativa e para x menor que 0 é sempre positiva, logo quando a mesma for positiva, afirmamos que é concava para cima, enquanto a mesma for negativa, a função terá concavidade para baixo.

Tendo o x de inflexão (x=0), basta aplicar esse valor de x na equação principal.

f(0) = 2 + 3(0) - (0)³ = 2, logo o ponto de inflexão vale (0,2)

Portanto, temos as seguintes informações do gráfico:
PONTO DE MÁXIMO .: (1,4)
PONTO DE MÍNIMO .: (-1,0)
PONTO DE INFLEXÃO .: (0,2)
PARA X menor que 0 (f (x) É CÔNCAVA PARA CIMA)
PARA X maior que 0 (f (x) É CÔNCAVA PARA BAIXO)

Basta realizar o desenho do gráfico:



Qualquer dúvida postem no espaço de perguntas